Ligado ao PMDB, diretor-geral do Dnocs pede demissão

















O diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), Elias Fernandes, pediu demissão nesta quinta-feira (26) após relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) apontar irregularidades em sua gestão.
A decisão foi tomada após conversa entre Fernandes e o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), seu padrinho político.
Segundo a Folha apurou, a saída foi pedida pelo Planalto e acontece após Alves desafiar o Planalto a demitir o apadrinhado da legenda que comanda órgão federal de combate à seca.
Hoje cedo, Fernando Bezerra (Integração Nacional) e a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil) conversaram com o vice-presidente Michel Temer e avaliaram que a situação de Fernandes estava insustentável.
Temer conversou com Alves, que encaminhou a demissão junto com Fernandes. Ficou acertado que o líder do PMDB indicará o substituto no Dnocs.
O diretor-geral passa por uma crise no órgão após relatório da CGU apontar desvio de R$ 192 milhões em obras tocadas pela autarquia.
O Dnocs é vinculado à pasta da Integração Nacional, comandada pelo ministro Fernando Bezerra, do PSB, que enfrenta suspeitas de favorecimento político na distribuição de verbas do ministério.
ALIADO
O PMDB é o principal aliado do PT na coalizão de Dilma Rousseff e foi um dos fiadores do governo em votações polêmicas de 2011, como a do Código Florestal.
Apesar da aliança, nos bastidores peemedebistas manifestam insatisfação. O partido avalia que não irá ganhar espaço na reforma ministerial e que o governo tenta enfraquecer Alves na disputa pelo comando da Câmara.
Apesar do acordo para a candidatura do peemedebista, setores do PT trabalham para que isso não aconteça.
A demissão de Fernandes já havia sido pedida à Casa Civil pelo ministro Fernando Bezerra em dezembro.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB), porém, interferiu na última quinta-feira (19) ao convocar o ministro para uma conversa em seu gabinete.
A Folha apurou que Bezerra foi lembrado nesse encontro, pois foi defendido pelo PMDB ao enfrentar suspeitas de irregularidades.
Nessa conversa, o ministro foi convencido em rever sua posição e encaminhar para o TCU (Tribunal de Contas da União) o relatório da CGU, inclusive avalizando a defesa do Dnocs.
As declarações do ministro de que a faxina no Dnocs será feita, porém, surpreenderam o PMDB

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