Fifa pede provas a acusadores de escândalo de suborno que envolve Teixeira

Das agências internacionais
Em Zurique (Suíça)
  • Teixeira foi acusado de envolvimento em escândalo de suborno em escolha de sede das futuras Copas
    Teixeira foi acusado de envolvimento em escândalo de suborno em escolha de sede das futuras Copas
Nesta terça-feira, a Fifa pediu à Federação Inglesa (FA) para que lhe envie evidências a respeito das acusações feitas pelo lorde David Triesman. O ex-presidente da FA afirmou que membros do comitê executivo da Fifa teriam pedido suborno para apoiar a candidatura inglesa para sediar a Copa do Mundo-2018. Entre eles, estaria Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
Nesta terça-feira, Triesman disse que, além de Teixeira, três dirigentes também tentaram vender seus votos: Jack Warner (presidente da Concacaf), Nicolás Leoz (presidente da Conmebol) e Worawi Makudi (presidente da Federação Tailandesa). Todos são integrantes do comitê executivo da Fifa que escolheu as sedes das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar).
Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, enviou uma carta à Federação Inglesa, na qual pede à entidade para que repasse um “relatório completo referente às acusações” feitas por Triesman nesta terça, além de “toda a evidência documentária à disposição sobre estas afirmações.”
  • Sérgio Lima/Folha Imagem
    Ricardo Teixeira rebate acusação de propina e promete processar dirigente inglês

    O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, rebateu duramente a acusação do pedido de propina para apoiar a candidatura da Inglaterra na disputa pela sede da Copa do Mundo de 2018. Em nota oficial, o brasileiro chamou o caso de "absurdo" e afirmou que entrará com um processo contra o ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol David Triesman pelo ocorrido.
Em comunicado oficial, a Fifa afirma que “Valcke expressa a extrema preocupação da Fifa e de seu presidente Joseph Blatter com as últimas alegações questionando a integridade de alguns membros do comitê executivo da entidade, relacionadas ao processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.”
Triesman fez as acusações durante seu depoimento na Casa dos Comuns do Parlamento britânico, como parte de um inquérito do comitê do departamento de Cultura, Mídia e Esporte do governo. O grupo pretende esclarecer os motivos pelos quais a Inglaterra não foi escolhida para sediar a Copa-2018.
Warner, um dos acusados, teria pedido mais de US$ 4 milhões para construir um centro educativo em Trinidad e Tobago. O presidente da Concacaf também teria pedido cerca de US$ 800 mil para poder adquirir os direitos de transmissão da Copa-2018. Ainda segundo Triesman, a compensação para Leoz seria uma condecoração como cavaleiro da ordem britânica.
Já Ricardo Teixeira, segundo o ex-presidente da FA, teria dito a ele: "Venha e me diga o que você tem para mim". Para Triesman, a declaração indicaria que o dirigente estava propenso a aceitar algo em troca de seu voto.

Jornal

A Fifa também quer explicações do jornal The Sunday Times. O diário britânico afirma que há casos de suborno no processo de escolha da sede da Copa-2022. A publicação alertou John Whittingdale, presidente da comissão que investiga as razões pelas quais a Inglaterra não sediará o Mundial.
O jornal alega ter provas de que o vice-presidente da Fifa, Issa Hayatou, de Camarões, e o presidente da federação da Costa do Marfim, Jacques Anouma, teriam recebido mais de US$ 1,5 milhão para que votassem no Qatar.
No ano passado, o The Sunday Times já havia publicado uma matéria na qual um de seus repórteres se passou por um representante de uma das candidaturas interessadas em sediar a Copa. Dois integrantes do comitê de ética da Fifa aceitaram suborno. Após o escândalo vir à tona, os dirigentes foram suspensos.

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